Amarok 2027 e novo Taos: VW dá mais detalhes da picape e do SUV

O lançamento da nova geração do Volkswagen Tiguan serviu não apenas para mostrar o SUV renovado para o mercado argentino, mas também para discutir os rumos de outros modelos da marca na região. Em um evento realizado no espaço Rüt Haus, concessionários e executivos falaram abertamente sobre o que esperar da nova linha de produtos da alemã para a América Latina, incluindo para a reestilização do Taos e a nova geração da Amarok.

Sem sete lugares

Um dos tópicos que mais chamaram a atenção foi o “downgrade” do Tiguan. A terceira geração chega ao país vizinho importada do México apenas com motor 1.4 TSI e cinco lugares, abandonando a configuração AllSpace de sete assentos e tração integral.

Questionados sobre a mudança, executivos da alemã foram enfáticos: “O novo Tiguan é importado do México e, por enquanto, essa é a única configuração disponível para a América Latina. Sabe-se que futuras variantes híbridas estão em desenvolvimento, mas ainda não há data de lançamento”.

Sem substituto para famílias maiores, o discurso também reconheceu as limitações e possível perda dos atuais clientes da versão AllSpace: “Infelizmente, não temos um produto de sete lugares em nossa linha regional. Nos EUA, existe o Atlas e, na Europa, o novo Tayron, mas não há planos de trazê-los para cá”, disse um executivo.

E o Taos?

Mesmo assim, foi o Taos quem roubou parte das conversas. Como já se sabe, o SUV deixou de ser produzido em Pacheco e passará a ser importado do México, com reestilização e novidades mecânicas.

Os porta-vozes evitaram se aprofundar no assunto para não tirar o protagonismo do novo Tiguan, mas concessionários presentes durante o evento na Argentina não seguraram a língua e anteciparam que o Taos mexicano chega assim que os estoques do atual se esgotarem, possivelmente até o próximo mês de outubro.

Na reestilização, o SUV mudará bastante, adotando o visual já aplicado no modelo vendido no mercado mexicano, com faróis redesenhados, novo arranjo interno de luzes e filete iluminado reposicionado na parte superior da grade, junto ao capô. O para-choque dianteiro ganhou entradas de ar maiores e elementos em cores contrastantes, em estilo semelhante ao do Taos atual, mas com design exclusivo para a região.

Na traseira, o Taos trará lanternas redesenhadas interligadas por LEDs, retoques sutis no para-choque e rodas de liga leve com novos desenhos, que variam conforme a versão. A paleta de cores também será atualizada.

A substituição do Taos argentino pelo modelo mexicano afetará todos os mercados que antes recebiam o SUV produzido em General Pacheco, como Brasil e Uruguai.

”Quanto mais Amarok vendemos, mais dinheiro perdemos”

Concessionários e executivos da VW Argentina também comentaram bastante sobre a picape média Amarok, hoje o único produto feito na planta de Pacheco (ARG). O modelo passou por uma leve reestilização no ano passado, distanciando-se da nova geração global, mas conseguiu manter boas vendas na região graças a promoções e descontos agressivos, o que reduziu ainda mais as margens de rentabilidade. “Quanto mais Amarok vendemos, mais dinheiro perdemos, e hoje ela é o produto que mais sai. Então imagine como estamos”, lamentou um distribuidor da Zona Norte de Buenos Aires.

As expectativas agora estão voltadas para a nova geração da Amarok, já anunciada no início deste ano e que será fruto da aliança com a chinesa SAIC. Baseada na Maxus Interstellar X, a picape será híbrida, exigirá um investimento de 580 milhões de dólares e já está em testes em estradas argentinas. O lançamento é esperado para 2027, consolidando a fábrica de Pacheco como pilar estratégico da Volkswagen na América do Sul.

No Brasil, após um período em que sobreviveu apenas de estoques, a Amarok voltou a ser vendida em três versões, com preços entre R$ 339.990 e R$ 379.990, além de opcionais. A principal novidade mecânica foi a introdução do sistema Arla32 no motor V6 turbodiesel.

A potência continua em 258 cv e o torque em 59,1 kgfm, mas o aditivo é injetado para reduzir gases nocivos e atender às normas de emissões exigidas no país. A linha 2026 recebeu ainda duas pequenas novidades: amortecedor na tampa da caçamba e a nova cor Cinza Moonstone adicionada ao catálogo.

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