Skoda revive cupê 110 R em versão elétrica — mas só no mundo virtual
Por mais tentador que fosse vê-lo nas ruas, o novo Skoda 110 R existe apenas no mundo virtual. A marca tcheca, parte do Grupo Volkswagen, reimaginou o cupê dos anos 1970 em um conceito digital que mistura nostalgia e modernidade, substituindo o motor traseiro a combustão por uma propulsão elétrica.
O 110 R original estreou em 1970, custando o equivalente a cerca de 40 meses de salário. Apesar do preço elevado para a época — 78 mil coroas —, o carro foi um sucesso, com 57.085 unidades vendidas até o fim da produção em 1980. O modelo tinha motor 1.1 de quatro cilindros, tração traseira e desempenho modesto: acelerava de 0 a 100 km/h em 19 segundos, com 52 cv e câmbio manual de quatro marchas.
A releitura de 2025, assinada pelo designer Richard Švec, não aposta no estilo retrô, mas sim no atual DNA de design da marca, chamado “Modern Solid”. O cupê recebeu superfícies limpas, faróis e lanternas escamoteáveis, rodas aerodinâmicas, câmeras laterais no lugar dos retrovisores e maçanetas embutidas. Entradas de ar funcionais atrás das janelas traseiras remetem às tomadas do antigo motor, enquanto a insígnia “S 110 R” na traseira presta homenagem ao clássico.
Por se tratar de um estudo digital, não há ficha técnica definida, mas a proposta é que fosse um carro leve, à semelhança do original, que pesava apenas 880 kg.
Mesmo assim, dificilmente o conceito sairia do papel. O segmento de cupês encolhe ano após ano, e um modelo esportivo totalmente elétrico teria apelo limitado, sobretudo em uma marca com perfil mais racional como a Skoda. O Grupo Volkswagen já aposta em esportivos elétricos em marcas mais fortes nesse nicho, como Audi e Porsche — e se pensasse em um esportivo mais acessível, a escolha mais lógica seria lançar um Volkswagen, como o projeto BlueSport que nunca se concretizou.
Fonte: Motor1.com